quinta-feira, 22 de março de 2007

Sushi

No outro dia fui comer sushi.
Fui ao Twin Towers, ao piso -1, onde o sushi está numa passadeira rolante, que vai passando os pratos pelas várias mesas e assentos, e escolhemos o que queremos. E à nossa frente estão os "chefes" a fazer os ditos sushis.
Ora, estava eu muito bem a comer, a olhar para aquela passadeira cheia de pratos a passarem por mim, quando vejo o "chefe" a sacar de uma posta de pescada de 1 metro e meio, e ouço a rapariga ao meu lado a proferir a seguinte sentença: "Epá, isto é mesmo peixe cru!"
Merda! Fiquei logo com a noite estragada. Detesto que me estraguem as supresas. Estava eu tão compenetrado a tentar perceber do que era feito o sushi e, pumba, toma lá, peixe cru... Assim, sem mais nem menos. Com uma convicção inabalável: "Isto é mesmo peixe cru!". É que nem deu para duvidar...
Mas foi castigo. Porquê?
Já que perguntam com tanta convicção eu digo. Há uns bons anos quando estreou o Titanic fui ao cinema. Estava nas primeiras filas, ainda antes do filme começar, e fiz o seguinte comentário para os meus amigos: "É incrível como é que um navio daquele tamanho afundou". Como por instinto, recebo o seguinte comentário da rapariga que estava mesmo atrás de mim: "Obrigadinho por me teres contado o final.". Levantou-se e foi-se embora.
Ora, para mim este episódio estava esquecido. Mas não para o Karma. Este bandido (entenda-se o Karma) aproveitou um momento de distracção e, sem um prévio aviso nem um bocadito de vaselina para ajudar a passar, disparou: "Epá, isto é mesmo peixe cru!".
Ainda hoje quando vejo um aquário ponho-me a chorar, tal foi o trauma...

Sem comentários: